No âmbito da disciplina de Biologia e em articulação com o PRESSE, as alunas do 12ºA e 12ºB elaboraram cartazes informativos digitais
sobre a Reprodução e a Manipulação da Fertilidade Humana, em particular sobre a infertilidade feminina e o seu impacto. A endometriose e o cancro dos ovários (definição, causas, sintomas, tratamento e prevenção), são doenças potenciadoras de infertilidade feminina.
Igualmente, foi abordada a importância da temática do diagnóstico genético pré-implantacional, na pesquisa e prevenção de erros que ocorrem no genoma humano durante a formação do embrião, e que podem ser também causadores de infertilidade. Para que possa ocorrer uma gravidez são necessários diversos passos: a formação e libertação de um óvulo a partir dos ovários; a sua chegada através das trompas até ao útero; a junção com o esperma masculino; a fixação do óvulo fecundado na parede do útero (implantação). Se ocorrerem problemas em qualquer um destes passos, pode ocorrer a infertilidade.
A infertilidade não é um problema exclusivamente feminino. Como regra, um terço das causas são femininas, outro terço são masculinas e os casos restantes resultam de uma combinação de problemas dos dois membros do casal.
Embora a Organização Mundial para a Saúde defina infertilidade como a “ausência de gravidez após dois anos de relações sexuais regulares e sem uso de contraceção”, entende-se estar perante um caso de infertilidade quando não se consegue obter uma gravidez após um ano de tentativas. Para as mulheres com idade superior a 35 anos, esse limite é de seis meses. Fala-se também em infertilidade no caso de mulheres que, embora consigam engravidar, não conseguem levar a gestação até ao fim.
A endometriose é uma condição inflamatória crónica causada pelo crescimento anormal de células do endométrio fora do útero, em locais tais como os intestinos, ovários, trompas de Falópio ou bexiga. Atualmente, esta doença é a causa mais comum de infertilidade feminina dependendo do local do aparecimento das células do tecido endometrial.
O cancro do ovário, órgão indispensável na reprodução da mulher, provoca todos os anos muitos milhares de mortes. Os especialistas alertam que os sintomas do cancro do ovário são silenciosos e muitos deles podem ser confundidos com alterações naturais do organismo. Este cancro é geralmente difícil de diagnosticar, pois muitas das pacientes não revelam sintomas até atingirem uma fase relativamente avançada da doença, comprometendo de forma, muitas vezes, irreversível a capacidade reprodutiva da mulher e causando infertilidade.
A infertilidade pode também resultar de alterações genéticas e cromossómicas no genoma dos embriões humanos. Assim, de forma a detetar e prevenir a sua transmissão para que os indivíduos nasçam sem doenças hereditárias, o diagnóstico genético pré-implantacional, biópsia altamente especializada que deteta erros inatos da divisão celular nos embriões. Esta técnica oferece a possibilidade da sua análise e seleção nos primeiros dias de vida antes da sua implantação no útero, através de procedimentos de reprodução medicamente assistidas, reduzindo a taxa de infertilidade associada à transmissão de doenças genéticas.
Lidar com a infertilidade pode ser difícil, dado não ser possível saber quando o problema ficará resolvido. Como tal, a carga emocional associada é considerável. Os meios de diagnóstico e os tratamentos são caros e nem sempre se obtém o resultado desejado. Devem ser tidas em consideração todas as alternativas que possam reduzir a ansiedade que a infertilidade tende a trazer. Essa pode ser minimizada mediante o apoio das equipas de profissionais da saúde, dos amigos e familiares.
Janeiro de 2023
Bruna Silva, Catarina Duarte, Inês Gomes, Lara Ribeiro, Mariana Silva, Marta Pontes, Rita Borlido (12ºA e 12ºB)
Docente: Cristina Barroso
